segunda-feira, 14 de julho de 2014

A taça do mundo é nossa!

Eu que imaginei tantas vezes como seria na Copa.
Eu que me assustei e dei risada de um possível não vai ter Copa.
Eu que errei bem mais que acertei ao falar do evento. Já sinto falta dele.

A Copa do Mundo, que mudou a minha vida por um mês, vai deixar saudades.
Nesse tempo, talvez eu tenha trabalhado mais, talvez eu tenha ficado mais feliz, talvez eu tenha andado sem transito e talvez eu tenha me envergonhado também.

Agora tudo volta ao normal.
As caras sem sorrisos voltam ao seu lugar.
A pressa volta a reinar e as maquiagens copiadas de uma revista de moda voltam ao seu espaço.

Sim, como você eu também me preocupei com a isenção fiscal, com a corrupção, com a construção de estádios e com a falta de escolas e de hospitais.
Mas na hora H, eu me esqueci de tudo isso e sabe por quê? Não porque eu seja um alienado (como você costuma escrever),mas porque eu sou um apaixonado por futebol, um torcedor.

E torcedor é sempre movido pelo momento, emoção e pela paixão cega. E mesmo cego consegui enxergar que vender ingresso de forma “esquisita” pode virar um grande problema no Brasil. Consegui ver que apesar de não ter comida de sobra, o que se tem pode ser dividido. Pude perceber que a censura passa longe das terras Tupiniquins e que um sorriso na cara, um abraço e um aconchego valem mais do que o vocabulário exacerbado da Língua Universal.

Não, eu não me arrependo de ter contestado a Copa.

Não, eu não estou frustrado pelo evento ter funcionado tão bem diante dos olhos do mundo e dos nossos.

Sim, eu estou feliz!

Feliz pelo meu lado “intelectualóide” não ter acertado tudo o que previu, e principalmente por entendido que a política do “pão e circo” nunca chegou em solo canarinho, até porque nessa terra onde canta o sabiá sempre preferiram dar o pão como arma.

E o circo? Nesse ponto, cada um inventa a sua diversão…

Amigos da intelectualidade não me julguem… e deixem de copiar as piadas, ok?

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A lona do picadeiro

Nos dias de clássicos de futebol, o acordar já se torna diferente. Em dias de Palmeiras e Corinthians, o maior derby do Brasil e um dos maiores do mundo, o sono não é tão profundo e nem tão revitalizante assim.

E não me pergunte por que isso acontece, até porque eu não saberei te responder.

Sim, eu sei que enquanto nós gritamos aqui, eles recebem milhões dali.

 Eu sei, que enquanto as lágrimas escorrem pelo rosto do perdedor, uma festa está sendo programada entre os jogadores dos dois times. Sim, eu sei de tudo isso e mesmo assim o meu sono não consegue ser profundo.

 Volto a dizer, não há explicação para esse clássico e muito menos palavras que o defina de maneira satisfatória.

Até porque Em dias como esse, eu consigo entender de maneira clara, a política do pão e circo, que igual a lona do picadeiro protege de maneira exagerada a facilidade de manipular uma nação cegamente apaixonada por um esporte. Somente em dias como esse, o futebol deveria ser livre, apaixonante, frustrante, alegre, respeitoso, verdadeiro e lúdico como os palcos de teatro.

Doa a quem doer, ganhe quem ganhar, mas que essa dor nunca ultrapasse o ringue delimitado por quatro linhas, onde os guerreiros de verdade lutam para satisfazer a sua grande população.

Só em dias de Palmeiras e Corinthians, o mundo deveria parar por alguns minutos para que algumas pessoas consigam entender o que realmente acontece naqueles cinco mil e quatrocentos minutos da maior batalha do Brasil.

Sem mais.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Carta aberta ao céu

O tempo foi passando e a dor amenizando.
Sim, eu sei o coração foi confortando.
Talvez, o tempo tenha sido ingrato e fez com que a sua imagem quase desaparecesse da minha cabeça, mas nunca apagará o meu coração.

Os anos se passaram e o seu jeito foi ficando.
Você era tão grande,  e de tão grande que era, ainda se faz presente, quase que diariamente,  em todos os locais visitados.

Em cada copo de cerveja, no meu carro, no seu carro, na quadra, nos bares, nas brigas entre eu e você, nas pazes entre nós, nos conselhos, segredos, no afastamento, no encontro, no desencontro e na despedida, onde só nós poderíamos estar naquele momento e naquela hora.

Acho que desde daquele dia, eu não deixei de pensar em você um dia sequer.

Hoje não sofro mais por não ter você por perto, sofro por não conseguir aprender aquilo que somente você sabia me ensinar, mesmo quando eu não tinha vontade nenhuma de aprender.

Sinto falta da coragem, do coração gigantesco, da rebeldia, do orgulho, da humildade, da atenção, da falta dela, do respeito, do desrespeito, da consideração, da amizade, da fidelidade, do perdão, do abraço, do sonambulismo, do amor, do desamor, do sorriso, da tristeza...

Na verdade, meu caro irmão, eu aprendi a lidar com a presença que a sua ausência nos deixou.
Me perdoe, como tantas vezes perdoou, pelas lágrimas que escorrem pela minha face neste momento.

Eu só tinha intenção de dizer que você faz falta e que mesmo ausente ainda preenche os meus momentos de solidão.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Retrato falado

É neguinho tú anda cheio de emoção.
Sorri ,feliz com essa exposição.
Imaginou aconteceu, a barreira se rompeu e o fracasso desesperador... esse não ocorreu.
Pelo menos você imagina assim, vai caminhando “tranquilinho” para chegar até o fim!
Sem arranhão, nenhuma escoriação, vive por ai se achando o campeão.
Sentimental e tal...
Quando você chorou pareceu um débil mental.
Imbecil...diz que sim
Decidiu ser desse jeito porque no “baguio de louco” eles achavam mais facím...
Democrático e estático.
Sempre preferiu o jeito mais pratico
Vacilão...
Vai viver na mesmice e na mesma situação.
Sem o fluxo, refluxo.Vai fundo, Oriundo...
Quem sabe um dia descobre a porra do segredo do mundo.