Eu que me assustei e dei risada de um possível não vai ter Copa.
Eu que errei bem mais que acertei ao falar do evento. Já sinto falta dele.
A Copa do Mundo, que mudou a minha vida por um mês, vai deixar saudades.
Nesse tempo, talvez eu tenha trabalhado mais, talvez eu tenha ficado mais feliz, talvez eu tenha andado sem transito e talvez eu tenha me envergonhado também.
Agora tudo volta ao normal.
As caras sem sorrisos voltam ao seu lugar.
A pressa volta a reinar e as maquiagens copiadas de uma revista de moda voltam ao seu espaço.
Sim, como você eu também me preocupei com a isenção fiscal, com a corrupção, com a construção de estádios e com a falta de escolas e de hospitais.
Mas na hora H, eu me esqueci de tudo isso e sabe por quê? Não porque eu seja um alienado (como você costuma escrever),mas porque eu sou um apaixonado por futebol, um torcedor.
E torcedor é sempre movido pelo momento, emoção e pela paixão cega. E mesmo cego consegui enxergar que vender ingresso de forma “esquisita” pode virar um grande problema no Brasil. Consegui ver que apesar de não ter comida de sobra, o que se tem pode ser dividido. Pude perceber que a censura passa longe das terras Tupiniquins e que um sorriso na cara, um abraço e um aconchego valem mais do que o vocabulário exacerbado da Língua Universal.
Não, eu não me arrependo de ter contestado a Copa.
Não, eu não estou frustrado pelo evento ter funcionado tão bem diante dos olhos do mundo e dos nossos.
Sim, eu estou feliz!
Feliz pelo meu lado “intelectualóide” não ter acertado tudo o que previu, e principalmente por entendido que a política do “pão e circo” nunca chegou em solo canarinho, até porque nessa terra onde canta o sabiá sempre preferiram dar o pão como arma.
E o circo? Nesse ponto, cada um inventa a sua diversão…
Amigos da intelectualidade não me julguem… e deixem de copiar as piadas, ok?