O tempo foi passando e a dor amenizando.
Sim, eu sei o coração foi confortando.
Sim, eu sei o coração foi confortando.
Talvez, o tempo tenha sido ingrato e fez com que a sua
imagem quase desaparecesse da minha cabeça, mas nunca apagará o meu coração.
Os anos se passaram e o seu jeito foi ficando.
Você era tão grande, e de tão grande que era, ainda se faz presente,
quase que diariamente, em todos os
locais visitados.
Em cada copo de cerveja, no meu carro, no seu carro, na
quadra, nos bares, nas brigas entre eu e você, nas pazes entre nós, nos
conselhos, segredos, no afastamento, no encontro, no desencontro e na
despedida, onde só nós poderíamos estar naquele momento e naquela hora.
Acho que desde daquele dia, eu não deixei de pensar em você
um dia sequer.
Hoje não sofro mais por não ter você por perto, sofro por
não conseguir aprender aquilo que somente você sabia me ensinar, mesmo quando
eu não tinha vontade nenhuma de aprender.
Sinto falta da coragem, do coração gigantesco, da rebeldia,
do orgulho, da humildade, da atenção, da falta dela, do respeito, do desrespeito,
da consideração, da amizade, da fidelidade, do perdão, do abraço, do
sonambulismo, do amor, do desamor, do sorriso, da tristeza...
Na verdade, meu caro irmão, eu aprendi a lidar com a
presença que a sua ausência nos deixou.
Me perdoe, como tantas vezes perdoou, pelas lágrimas que
escorrem pela minha face neste momento.
Eu só tinha intenção de dizer que você faz falta e que mesmo
ausente ainda preenche os meus momentos de solidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário