domingo, 16 de fevereiro de 2014

A lona do picadeiro

Nos dias de clássicos de futebol, o acordar já se torna diferente. Em dias de Palmeiras e Corinthians, o maior derby do Brasil e um dos maiores do mundo, o sono não é tão profundo e nem tão revitalizante assim.

E não me pergunte por que isso acontece, até porque eu não saberei te responder.

Sim, eu sei que enquanto nós gritamos aqui, eles recebem milhões dali.

 Eu sei, que enquanto as lágrimas escorrem pelo rosto do perdedor, uma festa está sendo programada entre os jogadores dos dois times. Sim, eu sei de tudo isso e mesmo assim o meu sono não consegue ser profundo.

 Volto a dizer, não há explicação para esse clássico e muito menos palavras que o defina de maneira satisfatória.

Até porque Em dias como esse, eu consigo entender de maneira clara, a política do pão e circo, que igual a lona do picadeiro protege de maneira exagerada a facilidade de manipular uma nação cegamente apaixonada por um esporte. Somente em dias como esse, o futebol deveria ser livre, apaixonante, frustrante, alegre, respeitoso, verdadeiro e lúdico como os palcos de teatro.

Doa a quem doer, ganhe quem ganhar, mas que essa dor nunca ultrapasse o ringue delimitado por quatro linhas, onde os guerreiros de verdade lutam para satisfazer a sua grande população.

Só em dias de Palmeiras e Corinthians, o mundo deveria parar por alguns minutos para que algumas pessoas consigam entender o que realmente acontece naqueles cinco mil e quatrocentos minutos da maior batalha do Brasil.

Sem mais.

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